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1ª Aula - O Espiritismo e outras Doutrinas Espiritualistas

Parte A - ESPIRITUALISMO E ESPIRITISMO

O espiritualismo é o oposto do materialismo, e qualquer um que acredite ter em si algo além da matéria é espiritualista.
Para designar a crença nos Espíritos, e assim, evitar equívocos futuros, Kardec usou as palavras: “Espírita” e “Espiritismo”.
A Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por principio a relação do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo são os espíritas.
Assim o Espiritismo não tem como prática: rituais, uso de incensos, imagens ou objetos materiais. Esta consolidada em um tríplice aspecto:
  • CIÊNCIA, por estudar a luz da razão e dentro de critérios científicos todos os fenômenos considerados estranhos;
  • FILOSOFIA, por trazer uma interpretação própria da vida - toda doutrina que dá uma concepção própria do mundo é uma filosofia;
  • RELIGIÃO, por ter como objetivo a transformação moral de cada criatura, amparados nos divinos ensinamentosde JESUS.

MARCO FUNDAMENTAL DA CODIFICAÇÃO FOI O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Publicado pelo educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, em 18 de abril de 1857, sob o pseudônimo Allan Kardec. Esta obra é o alicerce do espiritismo, e foi lançado por Kardec após seus estudos sobre os fenômenos que, segundo muitos pesquisadores da época, possuíam origem mediúnica, e estavam difundidos por toda a
Europa durante o século XIX. Apresenta-se na forma de perguntas e respostas, a primeira edição, datada de 1857 continha 501 perguntas e no mesmo ano revisado totalizando 1.019 perguntas. Foi o primeiro de uma série de cinco livros codificados pelo pedagogo.

Em ordem cronológica segue:
O LIVRO DOS MEDIUNS (1861): (Mundo Espírita ou dos Espíritos) - analisa a noção de Espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito. A finalidade de sua existência, seu potencial de autoaperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864): (Das leis morais) - aborda os ensinamentos morais de Jesus Cristo, aos quais estaria submetida toda a Criação.
O CÉU E O INFERNO (1865): (Das esperanças e consolações) - esclarece ponderações acerca do futuro do homem, seu estado após a morte, às alegrias e obstáculos que encontra no além-túmulo.
A GÊNESE (1868): (As causas primeiras) - abordando as noções de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ESPIRITISMO
  • A Crença em Deus.
  • A Imortalidade da Alma.
  • A Reencarnação.  A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie humana; seria um erro acreditar que a alma ou o Espírito pudesse encarnar no corpo de um animal.Pela reencarnação, nas sucessivas existências, mediante os seus esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, o homem avança sempre e alcança a perfeição, que é a sua destinação final.A vida do Espírito se compõe, assim, de uma série de existências corporais, e cada uma delas é uma ocasião para o seu progresso.
  • A Pluralidade dos Mundos Habitados.
  • A Comunicabilidade dos Espíritos.
BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - questões: 189 a 196, 610, 611, introdução: itens I, VI e VII, questões, 172 a 188
AMORIM, Deolindo - O Espiritismo à Luz da Crítica - Cap. II.
PIRES, José Herculano - Agonia das Religiões - cap. II, cap. 10 – Magia e Magnetismo.
EMANNUEL, Palavras de Emmanuel- n. 83.

Parte B - PARÁBOLA DO TRIGO E DO JOIO
"Certo homem semeou boa semente de trigo no seu campo. Porém, à noite, enquanto dormia, veio o inimigo e semeou joio no meio da plantação. Quando o trigo cresceu, o joio também cresceu.
Os empregados foram contar ao patrão e se ofereceram para arrancar o joio e deixar somente o trigo.
Mas o dono disse: "Não façam isso. Se vocês arrancarem o joio, podem acabar arrancando algum trigo também; deixem que cresçam juntos até à época da colheita. Assim foi feito colheram, primeiro o joio e o queimaram, o trigo foi recolhido ao celeiro".
Jesus foi quem que semeou a boa semente visando o progresso da humanidade. O Campo simboliza o mundo. O trigo, as almas boas, e o joio , as más que nos testam, tentando atrapalhar nosso crescimento espiritual. A colheita significa o final dos tempos. Cada um de nós age conforme o livre arbítrio, segundo nosso desejo nos tornando bons ou maus. O joio simboliza a criatura má, que em nada crê, que por orgulho e egoísmo não se modifica. Baseado nessa imagem, Jesus desaconselha a destruição, ao contrário, nos convida a transformação de sentimentos inferiores em virtudes. É preciso esperar que a evolução se faça. O homem mau, ainda que resista, pode, um dia, tornar-se bom.

BIBLIOGRAFIA:
SCHUTEL, Cairbar - Parábolas e ensinos de Jesus.
Novo Testamento - Mateus: cap. 13, 24-30 e 13 36 a 43.
Godoy, Paulo Alves – As maravilhosas parábolas de Jesus.
Mallet, Marina – Um sentido para sua vida.

Fonte:  FEESP – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – 1º Ano – 37ª. Edição – Fevereiro/2012


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