11ª. Aula - Retorno A Vida Corporal – I
Parte A - Faculdades Morais E Intelectuais, Influência Do
Organismo, Idiotismo, Loucura E Suicídio.
Faculdades Morais e Intelectuais
As qualidades morais da criatura humana sejam boas ou, más,
pertencem ao Espírito que está encarnado nela; se for um Espírito bom, suas
qualidades são boas, ou seja, quanto mais elevado for, mais o homem está
propenso ao bem. Se o Espírito for um ser ainda imperfeito, logicamente sua
moral está aquém do bem.
Resumindo, podemos dizer que o homem bom é a encarnação de um bom
Espírito e o homem ainda vicioso, ainda propenso ao mal, é a encarnação de um
Espírito ainda imperfeito. Devemos classificar como imperfeito, para não dar a
conotação de eternamente mau, pois poderíamos entender que Deus é injusto.
Como Espíritos, somos perfectíveis, ou seja, cedo ou tarde vamos
caminhar para a perfeição. O homem que age irrefletidamente ou faz as coisas
sem ter muito cuidado ou o que é imprudente, leviano, inconsequente, brincalhão,
travesso ou folgazão ou às vezes até malfazejo, é a encarnação de um Espírito
brejeiro ou leviano.
Devido que o corpo humano não poder ser usado por dois Espíritos
diferentes, as qualidades morais e intelectuais pertencem ao Espírito que ali
está reencarnado, dependendo do grau de elevação que tenha atingido.
Há homens inteligentes, que por essa qualidade revelam um Espírito
superior ali reencarnado, são às vezes e ao mesmo tempo muito viciosos, é
porque o Espírito não é bastante puro e por isso sofre influências de outros Espíritos,
encarnados ou não, que são mais inferiores. A evolução do ser humano não se
realiza ao mesmo tempo em todos os sentidos; num tempo ele evolui
intelectualmente e em outro na moralidade, mas o progresso é sempre ascendente;
são as oportunidades que Deus nos dá através das múltiplas reencarnações.
Sobre as diversas faculdades intelectuais e morais do homem, se
seriam produtos de tantos outros Espíritos, Kardec na questão 365, do LE, nos
elucida:
“... As diversas
faculdades são manifestações de uma mesma causa que é alma, ou do Espírito
encarnado, e não de muitas almas, como os diferentes sons do órgão são produtos
de uma mesma espécie de ar e não de tantas espécies de ar quantos forem os
sons. Desse sistema resultaria que, quando o homem perde ou adquire certas aptidões,
certas tendências, isso significa que tantos Espíritos o possuíram ou deixaram,
o que o tornaria um ser múltiplo, sem individualidade, e consequentemente sem
responsabilidade. Isto do mais é contraditado pelos tão numerosos exemplos de
manifestações que os Espíritos provam sua personalidade e sua identidade".
Influência do Organismo
Na questão 367, do LE, Kardec pergunta se "o Espírito, ao se unir ao
corpo, identifica-se com a matéria”?
Teve como resposta:
“A matéria não é mais que o envoltório do Espírito, como a roupa e
o envoltório do corpo. O Espírito, ao se unir ao corpo, conserva os atributos
da natureza espiritual”.
Todas as faculdades, todas as qualidades, todas as sensações
pertencem ao Espírito e não ao corpo material. Para que o Espírito encarnado
possa exercer com toda liberdade as suas faculdades, há necessidade que o corpo
material, ou seja, a ferramenta que ele tem para se manifestar, não esteja
defeituosa; caso contrário, se toma um obstáculo.
O organismo, em certas circunstâncias, impede o Espírito de se
mostrar, mas esse, com o tempo, vai dominando todos os órgãos do próprio corpo,
e se mostra com todas as faculdades.
Kardec faz uma analogia do corpo defeituoso sobre o Espírito, como
a da água lodosa que tira a liberdade de movimento do corpo nela mergulhado.
Sobre a influência dos órgãos materiais para o desenvolvimento das
faculdades da alma, Kardec nos traz os seguintes ensinamentos:
- “Encarnado, traz o
Espírito certas predisposições e, se se admitir que a cada uma corresponda no
cérebro um órgão, o desenvolvimento desses órgãos será efeito e não causa. Se
nos órgãos estivesse o princípio das faculdades, o homem seria máquina sem
livre-arbítrio e sem a responsabilidade de seus atos. Forçoso então fora
admitir- se que os maiores gênios, os sábios, os poetas, os artistas, só o são
porque o acaso lhes deu órgãos especiais, donde se seguiria que, sem esses
órgãos, não teriam sido gênios e que, assim, o maior dos imbecis houvera podido
ser um Newton, um Virgílio, ou um Rafael, desde que de certos órgãos se
achassem providos. Ainda mais absurda se mostra semelhante hipótese, se a
aplicarmos as qualidades morais. Efetivamente, segundo esse sistema, um Vicente
de Paulo, se a Natureza o dotara de tal ou tal órgão, teria podido ser um
celerado e o maior dos celerados não precisaria senão de um certo órgão para
ser um Vicente de Paulo. Admita-se, ao contrário, que os órgãos especiais, dado
existam são consequentes, que se desenvolvem por efeito do exercício da
faculdade, como os músculos por efeito do movimento, e a nenhuma conclusão
irracional se chegara. Sirvamo-nos de uma comparação trivial à força de ser
verdadeira. Por alguns sinais fisionômicos se reconhece que um homem tem o vício
da embriaguez. Serão esses sinais que fazem dele um ébrio, ou será a ebriedade
que nele imprime aqueles sinais? Pode dizer-se que os órgãos recebem o cunho
das faculdades“. (LE, 370 a)
Idiotismo
Idiotia, segundo o Dicionário Houaiss: doença infantil de origem
genética, caracterizada por retardo mental grave, perda progressiva da visão,
paralisia e morte, observada em filhos de casamentos consanguíneos.
Não podemos afirmar que um Espírito que encarna com a prova ou
expiação do idiotismo, é um Espírito ignorante. O que se pode dizer é que ele
fez mau uso das suas faculdades em outras existências, e nesta, como cretino, repara
suas dívidas.
Um idiota pode ser um Espírito dotado de grande capacidade
intelectual, mas que não soube usar seu saber para o bem, influenciou muita
gente nos caminhos do mal.
O Espírito sofre, pois pela deficiência do instrumento físico, não
pode se manifestar adequadamente. O erro atrofia as faculdades espirituais da
alma, em se prendendo aos defeitos do corpo. Se as roupas que nos agasalha precisam
ser lavadas, quanto mais as vestes do Espírito, e elas se lavam pela evolução
espiritual, pela prática do bem, pelo amor ao próximo.
Se queremos nos livrar do idiotismo em uma ou mais das nossas
existências físicas, que comecemos a nos defender agora dessa situação
constrangedora. Usemos nossa inteligência para não deturpar a verdade, nem para
combatê-la.
O Espírito exerce influência sobre os órgãos físicos, isso é uma
verdade incontestável, mas será que esses órgãos também não exercem influência
sobre as faculdades do Espírito?
Os amigos espirituais responderam que essas influências são
grandes, mas o corpo não produz as faculdades, que são atributos do Espírito. (LE,
372a)
Em complementação, Kardec nos orienta: “Importa se distinga o
estado normal do estado patológico. No primeiro, o moral vence os obstáculos
que a matéria lhe opõe. Há, porém, casos em que a matéria oferece tal resistência
que as manifestações anímicas ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de
idiotismo e de loucura. São casos patológicos e, não gozando nesse estado a
alma de toda a sua liberdade, a própria lei humana a isenta da responsabilidade
de seus atos”.
É muito comum que o idiota quando no estado de Espírito, tenha
consciência que seu estado mental, é consequência de uma prova ou expiação.
Loucura: Transtorno Mental
Loucura, segundo o Dicionário Houaiss: distúrbio, alteração mental
caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado do indivíduo de seus
métodos habituais de pensar, sentir e agir; sentimento ou sensação que foge ao
controle da razão; ato ou fala extravagante, que parece desarrazoado; atitude,
comportamento que denota falta de senso, de juízo, de discernimento; atitude
imprudente, insensata.
A loucura é uma distorção da força mental em uma ou inúmeras
reencarnações. Ela não tem o poder de desequilibrar o Espírito, que é todo
harmonia, por ter saído de Deus, mas, causa-lhe impressões, como que
condicionamento das ideias que o próprio Espírito fórmula.
O Espírito ao receber um corpo, se esse traz alguma deficiência,
sofre dificuldades, de modo que suas faculdades sejam reduzidas ou mesmo
paralisadas. Ele não perde os conhecimentos anteriores adquiridos, que são
imperturbáveis na sua moradia de origem.
A loucura é um estado patológico deficiente; os problemas
cerebrais não podem dar ao Espírito condições normais para se manifestar
adequadamente. O LE nos diz que, em muitos casos, o Espírito livre mantém-se
“louco” por causa da sequência de ideias desorganizadas que repetiu durante a
existência toda, ou seja, atos repetitivos.
Em todas as manifestações dessas doenças é o corpo o que está
desorganizado, mas, não podemos esquecer que esse corpo tem certa influência na
mente viva da alma, impressionando-a a ponto de mostrar enfermidades imaginarias.
Como ninguém foi criado louco, ela é uma provação dolorosa,
portanto são consequências de ações negativas de um passado.
A loucura pode provocar o suicídio, quando o Espírito não suporta
o sofrimento por não poder se manifestar livremente e a única maneira de acabar
com isso é procurar a monte do corpo físico e assim, voltar à condição de
Espírito livre.
Suicídio:
Na questão 944, do LE: O homem tem o direito de dispor da sua
própria vida?
R) Não; somente Deus tem esse direito. O suicídio voluntário é uma
transgressão dessa lei. Nem sempre o suicídio é voluntário, porque o louco não
tem consciência do que faz.
Martins Peralva, em “Pensamento de Emmanuel, cap. 35, nos que a
principais motivações para esse ato extremo, pode ser:
a) Falta de fé;
b) Orgulho ferido;
c) Esgotamento nervoso;
d) Loucura;
e) Tédio da vida;
f) Moléstias consideradas incuráveis;
g) Indução de terceiros, encarnados ou desencarnados.
Kardec, no cap. V de O ESE fala também da embriaguez, como causa
inconsciente do suicídio e ainda das ideias materialista, ou seja, que não
acredita que a vida continua após a morte do corpo físico. Aquelas pessoas que
recorrerem ao suicídio para fugir das misérias e decepções do mundo, são
Espíritos covardes. Deus ajuda aos que sofrem e não aos que não tem força ou
coragem para enfrentarem as provas pelas quais têm que passar. Responderão por
homicídio, todos aqueles, encarnados ou desencarnados, que foram responsáveis
por levarem uma pessoa ao suicídio.
São também responsáveis, tanto aquele que partiu para o ato
extremo por causa do desespero, por falta do necessário para continuar vivendo,
quanto àqueles que foram responsáveis diretamente por isso ou que poderiam ajudar
e não o fizeram.
Cada um responderá proporcionalmente pelo ato praticado.
O homem que se suicida com o fim de impedir que a vergonha por uma
ação má envolva sua família, Deus levará em conta a sua intenção, atenuando a
sua falta, mas de qualquer forma vai entrar na vida espiritual carregado de
suas iniquidades por ter-se privado de repará-las durante a sua vida. (LE, 949)
Quando ao suicídio para salvar outros ou ser útil aos semelhantes,
Kardec nos elucida no LE, 951:
- “Todo sacrifício feito à custa da própria felicidade é um ato
soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque é a prática da lei de
caridade. Ora, Sendo a vida o bem terreno a que o homem dá maior valor aquele
que a renuncia pelo bem dos seus semelhantes não comete um atentado: é um
sacrifício que ele realiza. Mas antes de o realizar deve refletir se a sua vida
não poderá ser mais útil que a sua morte”.
No LE, 953: Quando uma pessoa vê a sua frente uma morte
inevitável, e terrível, é culpada por abreviar de alguns instantes o seu
sofrimento, por uma morte voluntaria? Os Espíritos respondem:
- “Sempre é culpado de não esperar o termo fixado por Deus. Aliás,
haverá certeza de que tenha chegado, malgrado as aparências, e não se pode
receber um socorro inesperado no derradeiro momento? ”
Podemos, dentro da codificação, no Céu e Inferno, segunda parte,
item V ver relatos de vários suicidas desencarnados, mostrando as mais diversas
em que se encontram no mundo espiritual. O suicídio, longe de ser a porta da
salvação, é o sombrio pórtico de inimagináveis torturas.
BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, Introdução ao Estudo da
Doutrina Espírita, cap. XV - A Loucura e suas causas; Livro 2º, Cap. VII,
questões 361 a 378;
KARDEC, Allan - A Gênese - cap. II, itens 27 e 28; cap. XI, itens
13 e 14;
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V itens 14
a 17;
KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo - tópico: Loucura, suicídio e
obsessão; cap. II, questão 135;
KARDEC, Allan - Obras Póstumas - As cinco alternativas da
Humanidade - parágrafo 5°, item 7;
Bibliografia Complementar:
PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel - item 35;
Parte B - O Jugo Leve
Conceito de jugo
Peça de madeira assentada sobre a cabeça dos bois para atrelá-los
a uma carroça ou arado; canga. Sujeição imposta pela forca ou autoridade;
opressão. (Dicionário Houaiss)
A palavra jugo significa submissão, domínio, opressão. Os judeus,
na época de Jesus, estavam sob o jugo romano. O Mestre, no entanto,
convidou-nos a aceitar o seu jugo, acrescentando que ele era suave, o que, à
primeira vista, parece uma contradição, tanto mais se lembrarmos de que as
diretrizes religiosas conclamando ao cumprimento dos deveres, ao equilíbrio e a
renúncia, sempre foram consideradas austeras, difíceis de serem seguidas.
Mateus, no cap. II: 28 a 30 do seu Evangelho, narra o “jugo leve”
da seguinte forma: “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais
sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim
que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas,
porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”.
O jugo, por um motivo perfeitamente evidente, é símbolo de
servidão, de opressão, de constrangimento. A passagem dos vencidos sob o jugo
romano é suficientemente explicita. O jugo simboliza a disciplina de duas
maneiras:
ou ela é sofrida de modo humilhante, ou a disciplina é escolhida
voluntariamente e conduz ao domínio de si, a unidade interior a união com Deus.
“Todos os sofrimentos:
misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação
em a fé no futuro, na confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar
aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que
simplesmente dúvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança
lhe mitiga o amargor. Foi
isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vos que estais fatigados, que eu
vos aliviarei. ” Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a
felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada.
Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois
que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade”. (ESE, cap. 6, item 2)
Nessa passagem evangélica, Jesus por ser brando e humilde de
coração, nos convida a irmos até Ele. Ir até Jesus significa não apenas
comparecer a um centro espírita, a uma igreja, templos ou qualquer outro local
religioso, pois apenas a presença física de nada vale, ou seja, nada significa
para nossa evolução. Devemos estar em Espírito, com o coração aberto para que
possamos receber aquilo que precisamos e merecemos e não esperar obter “milagres”.
Muitos apenas querem receber, sem nada fazerem por merecer e,
assim como entraram vazios, saem vazios, porque não aproveitaram aqueles
momentos de ensinamentos do Evangelho, para refletirem sobre a vida, o que está
fazendo dela, o porquê da sua família desagregada, o porquê dos sofrimentos, o porquê
de seu orgulho, e de seu egoísmo, e descobrirem que é fundamental para a saúde
espiritual, portanto, precisamos aprender também a ser manso e humilde. Para
que possamos receber o alívio que Jesus nos promete, é necessário o aprendizado
da lei de Deus, porque o jugo é suave e o fardo é leve. Jesus conhecia
perfeitamente as nossas dificuldades, afirmando, inclusive, que não viera
chamar os justos, isto é, aqueles já identificados com o bem, mas os pecadores,
ou seja, a imensa maioria dominada, ainda, pelo egoísmo e pela ilusão (Mateus,
9: 12 e 13). Ele sabia, em consequência, que os frutos de seu trabalho não
surgiriam de imediatos.
Essa compreensão da natureza humana caracterizava também os
primeiros seguidores da Boa Nova, que não aguardavam ou exigiam demonstrações
de grandeza espiritual de ninguém, devendo o cristão identificar-se por seu
sincero e perseverante esforço de melhoria. Aliás, lendo-se os textos
evangélicos, particularmente as cartas que Paulo dirigiu as diversas
comunidades por ele fundadas, vê-se que estas se compunham de pessoas ainda falíveis,
pois em suas missivas o apóstolo trata de desentendimentos, dúvidas, quedas....
Percebe-se, contudo, que existia naqueles agrupamentos uma disposição autêntica
para a vivência do Evangelho e por isso recorriam ao Grande trabalhador rogando
esclarecimento e orientação. Com o tempo, infelizmente, aquela atitude sensata e
objetiva foi esquecida, adotando o Cristianismo uma visão dualista segundo a
qual apenas os indivíduos excepcionalmente bons estariam bem espiritualmente,
achando-se os demais em falência moral, sob ameaça do inferno após a morte. Diversos
fatores contribuíram para esta mudança, entre elas a pregação centrada no
pecado e não na promoção do bem, o retorno a concepção antiga de um Deus
vingativo, e não o Pai mencionado por Jesus, e a perda do contato com o mundo
espiritual, através da mediunidade, banida dos ambientes cristãos.
A Doutrina Espírita nos permite entender o convite do Mestre,
tanto em seu significado quanto em sua aplicação, lembrando que a submissão ao
egoísmo é caracterizada por conflitos, apego e ansiedade que, realmente, representam
pesado fardo a dificultar a nossa marcha, que se faz penosa e cheia de
sobressaltos.
O jugo de Jesus é suave por nos libertar desses prejuízos,
conduzindo-nos, progressivamente, a vivência do amor e da caridade.
O Espiritismo retoma, assim, a tradição cristã original, pois
reconhece as nossas deficiências e nos recomenda corrigi-las, propondo a ação
no bem como valioso recurso para essa realização. Foi por isso que Allan Kardec
afirmou: “Conhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos
esforços que emprega para domar as suas más tendências” (ESE, cap. XVII, item
4)
BIBLIOGRAFIA:
1) Kardec, Allan, “O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. VI, itens
1 e 2
2) Kardec, Allan, “O Evangelho Segundo Espiritismo, Cap. XVII,
item 4
3) Emmanuel (Espírito), “Roteiro”, psicografia de Francisco
Cândido Xavier Fonte: FEESP – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO – 1º Ano – 37ª. Edição – Fevereiro/2012
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